O solo consiste na camada superficial da crosta terrestre. Representa o meio natural para o desenvolvimento das plantas. Estudar e fazer a caracterização dos parâmetros físicos e químicos do solo constituem uma metodologia de trabalho essencial na realização de levantamentos das comunidades vegetais, que ocorrem numa determinada área.

Formação

A formação do solo resulta de algumas mudanças lentas que ocorrem nas rochas. O processo de formação varia de região para região. Variam em função do clima, presença de seres vivos e do tipo de rocha.

A sua formação passa pelas seguintes etapas:

  1. Meteorização Física: a rocha matriz (ou rocha mãe) está exposta a agentes biológicos e climáticos, sendo fragmentada.
  2. Meteorização Química: os minerais são alterados por processos de oxidação, redução, carbonatação, hidrólise, etc.
  3. Incorporação de Matéria Orgânica morta no solo, por acção dos seres vivos presentes no mesmo. O processo continua até atingir o equilíbrio, determinando a paisagem de um local.

Solo – o que é?

É um recurso natural “renovável” que, de uma forma simplificada, se pode definir como a camada superficial da crosta terrestre. É formado por partículas minerais de vários tamanhos e composição química diversa e matéria orgânica em diferentes fases de decomposição. As diferentes proporções destes componentes, o modo como se distribuem no solo e a composição da rocha mãe determinam a sua natureza.

É esta camada que serve de suporte às plantas terrestres e dela depende toda a vida à superfície da terra. Forma-se lentamente por processos biológicos, físicos e químicos, mas pode ser rapidamente deteriorado ou destruído por fenómenos naturais ou por práticas incorretas.

Os seus componentes

A sua componente mineral resulta dos processos erosivos que levam à progressiva desagregação das rochas em elementos de diferente tamanho, variando desde partículas mais grosseiras, como o cascalho e o saibro, até partículas de dimensões mais pequenas, como a areia, o limo e a argila. A componente orgânica resulta da decomposição dos restos de animais e vegetais por parte de microrganismos, como bactérias, e fungos. Depois de decompostos estes detritos tomam o nome de húmus. O teor em matéria orgânica favorece a fertilidade, a permeabilidade ao ar e à água e contribui para melhorar a estrutura do solo.

O conteúdo em água de um solo é muito importante, uma vez que as plantas retiram dele, através das suas raízes, a água que necessitam e que irá transportar os nutrientes para a sua parte  aérea (ramos e folhas). Porém, nem toda a água que se encontra no solo está disponível para as plantas.

O ar é outro dos componentes, essencial à respiração, não só das raízes das plantas, mas também de toda a fauna aí existente.

Propriedades físicas

As propriedades do solo são muitas. Entre elas, destacamos as seguintes.

Textura

É a proporção em que se encontram no solo as diferentes classes de partículas. Só os elementos minerais são considerados para a determinação desta propriedade. De acordo com a classificação de Atterberg, as partículas do solo repartem-se por diversas classes, representadas na seguinte tabela.

Partículas Classe de dimensão
Pedra, cascalho, saibro > 2 mm
Areia 0.02-2 mm
Limo 0.02 –0.0002 mm
Argila < 0.0002 mm
tipo de solo

Estrutura

As partículas do solo agrupam-se, por sua vez, em aglomerados de maiores dimensões. A maneira como as partículas se organizam para formar os aglomerados chama-se estrutura. O arejamento do solo depende muito desta propriedade.

Porosidade

Esta propriedade refere-se ao espaço do solo que não é ocupado por partículas. De uma maneira geral, solos de textura fina têm maior porosidade e solos arenosos têm menor porosidade.

Permeabilidade

Refere-se à maior ou menor facilidade com que a água, o ar e as raízes das plantas atravessam o solo. Os solos que se deixam atravessar mais facilmente denominam-se permeáveis. Aqueles que não se deixam atravessar chamam-se impermeáveis.

Coesão

É a forma como as partículas do solo se encontram ligadas entre si. Os solos cujas partículas apresentem uma baixa capacidade de agregação entre si, são chamados leves ou soltos, caso se verifique a situação inversa denominam-se compactos ou fortes.

Cor

A cor do solo resulta da natureza do material que lhe deu origem e também dos factores que levaram à sua formação. É uma das propriedades que, em conjunto com a textura e a disposição das diferentes camadas, é mais utilizada para classificar os diferentes tipos de solo.

Perfil

Quando se observa um corte de terreno ou uma barreira verifica-se que este é composto de camadas distintas. Estas diferem na cor, na composição, na estrutura e na textura. Estas camadas designam-se por horizontes de solo e a sua sequência (a partir da superfície) designa-se por perfil do solo. O perfil de um solo completo possui quatro tipos de horizontes, convencionalmente identificados pelas letras maiúsculas O, A, B e C.

O perfil de um solo é geralmente caracterizado por 5 horizontes principais:

  • Horizonte O
    • dominado por material orgânico, consistindo em material não decomposto ou parcialmente decomposto, como folhas e líquenes, que se acumularam à superfície; localiza-se no topo de solos minerais ou solos orgânicos ou a qualquer profundidade por baixo da superfície se enterrado.
  • Horizonte A
    • constituído por corpos de plantas e animais vivos em decomposição; horizonte mineral formado à superfície ou por baixo do horizonte O, em que a estrutura original da rocha foi suprimida; pode ter acumulação de matéria orgânica humificada, misturada com a fracção mineral. Resulta de processos relacionados com a superfície, como cultivo e pastoreio.
  • Horizonte B
    • constituído por solo mineral, incluindo compostos inorgânicos resultantes da mineralização, migrados a partir do horizonte A e misturados com o material originário meteorizado; formado por baixo dos horizontes A, O ou H e em que a principal característica é a supressão de toda ou grande parte da estrutura da rocha original; pode também haver concentração de materiais migrados ao longo dos horizontes, isolada ou em combinação com ferro, alumínio, húmus, carbonatos ou sílica.
  • Horizonte C
    • representado pelo material originário (rocha-mãe), mais ou menos intacto, pouco afectado por processos pedogénicos; consiste principalmente em camadas minerais; raízes de plantas podem penetrar neste horizonte, que providencia um importante meio de crescimento. Camadas com acumulação de sílica, carbonatos ou gesso podem ser incluídos no horizonte C. Exceto se a camada tiver sido obviamente afectada por processos pedogénicos; nesse caso será um horizonte B.
  • Horizonte R
    • rocha-mãe não meteorizada, como o granito e o basalto; a cama da rocha poderá conter algumas fendas, mas estas são tão poucas e tão pequenas que poucas raízes conseguirão penetrar; as fendas podem estar preenchidas com argila ou outro material.

De acordo com (FAO et al, 1998), o perfil do solo pode ser caracterizado, para além dos 5 horizontes já referidos, por mais dois:

  • Horizonte H
    • encontra-se geralmente no topo de solos minerais e saturado com água por largos períodos. É dominado por material orgânico, formado por acumulação de material orgânico não decomposto ou parcialmente decomposto à superfície do solo;
  • Horizonte E
    • a sua principal característica consiste na perda de ferro, alumínio ou uma combinação destes. Deixa uma concentração de partículas de areia e limo, em que toda ou grande parte da estrutura original da rocha tenha sido suprimida; horizonte geralmente mais claro que o horizonte B. Encontra-se por cima dele e por baixo do horizonte O ou A.
horizontes do solo

O solo consiste na camada superficial da crosta terrestre. Representa o meio natural para o desenvolvimento das plantas. Estudar e fazer a caracterização dos parâmetros físicos e químicos do solo constituem uma metodologia de trabalho essencial na realização de levantamentos das comunidades vegetais, que ocorrem numa determinada área.

Formação

A formação do solo resulta de algumas mudanças lentas que ocorrem nas rochas. O processo de formação varia de região para região. Variam em função do clima, presença de seres vivos e do tipo de rocha.

A sua formação passa pelas seguintes etapas:

  1. Meteorização Física: a rocha matriz (ou rocha mãe) está exposta a agentes biológicos e climáticos, sendo fragmentada.
  2. Meteorização Química: os minerais são alterados por processos de oxidação, redução, carbonatação, hidrólise, etc.
  3. Incorporação de Matéria Orgânica morta no solo, por acção dos seres vivos presentes no mesmo. O processo continua até atingir o equilíbrio, determinando a paisagem de um local.

Solo – o que é?

É um recurso natural “renovável” que, de uma forma simplificada, se pode definir como a camada superficial da crosta terrestre. É formado por partículas minerais de vários tamanhos e composição química diversa e matéria orgânica em diferentes fases de decomposição. As diferentes proporções destes componentes, o modo como se distribuem no solo e a composição da rocha mãe determinam a sua natureza.

É um recurso natural renovável que, de uma forma simplificada, se pode definir como a camada superficial da crosta terrestre. É formada por partículas minerais de vários tamanhos e composição química diversa e matéria orgânica em diferentes fases de decomposição. As diferentes proporções destes componentes, o modo como se distribuem no solo e a composição da rocha mãe determinam a sua natureza.

É esta camada que serve de suporte às plantas terrestres e dela depende toda a vida à superfície da terra. Forma-se lentamente por processos biológicos, físicos e químicos, mas pode ser rapidamente deteriorado ou destruído por fenómenos naturais ou por práticas incorretas.

Solo – componentes

A componente mineral do solo resulta dos processos erosivos que levam à progressiva desagregação das rochas em elementos de diferente tamanho, variando desde partículas mais grosseiras, como o cascalho e o saibro, até partículas de dimensões mais pequenas, como a areia, o limo e a argila. A componente orgânica do solo resulta da decomposição dos restos de animais e vegetais por parte de microrganismos, como bactérias, e fungos. Depois de decompostos estes detritos tomam o nome de húmus. O teor em matéria orgânica favorece a fertilidade, a permeabilidade ao ar e à água e contribui para melhorar a estrutura do solo.

O conteúdo em água de um solo é muito importante, uma vez que as plantas retiram do solo, através das suas raízes, a água que necessitam e que irá transportar os nutrientes para a sua parte  aérea (ramos e folhas). Porém, nem toda a água que se encontra no solo está disponível para as plantas.

O ar é outro dos componentes, essencial à respiração, não só das raízes das plantas, mas também de toda a fauna aí existente.

Propriedades físicas

As propriedades do solo são muitas. Entre elas, destacamos as seguintes.

Textura

É a proporção em que se encontram no solo as diferentes classes de partículas. Só os elementos minerais são considerados para a determinação desta propriedade. De acordo com a classificação de Atterberg, as partículas do solo repartem-se por diversas classes, representadas na seguinte tabela.