Estratégia para combater o Escaravelho da Palmeira (Rhynchophorus ferrugineus)

Para o combate deste inimigo, recomenda-se a adopção desta Estratégia para combater o Escaravelho da Palmeira:

  • Palmeiras localizadas em zonas com focos ativos da praga, ou em fase inicial de ataque:

    • Realização de tratamento fitossanitário direcionado para a parte superior da coroa da planta. Utilizar um dos produtos indicados na tabela 2. A aplicação deverá ser em forma de jato, com baixa pressão, gastando entre 10 a 20 litros de calda por planta (o valor mais elevado destina-se a plantas adultas). Os tratamentos deverão ser realizados desde Março até Novembro espaçados entre 30 a 45 dias, dependendo da pressão da praga.
    • Em alternativa ou, em complementaridade, os tratamentos poderão ser efetuados através de injeção (endotratamento) (Tabela2), ou produtos biológicos à base de nemátodos entomopatogéneos (da espécie Steinernema carpocapsae) (produto não sujeito a homologação), recomendando-se que estas aplicações sejam realizadas por empresas especializadas.
    • Nas plantas afetadas em que ainda seja admissível a sua recuperação (sem afetação do ápice vegetativo), sugere-se a prática de cirurgia, de modo a eliminar os órgãos da planta que se encontrem afetados, assim como todos os indivíduos da praga que se encontrem presentes (larvas e pupas). Após a realização desta ação recomenda-se a aplicação de inseticida adicionado de fungicidas
  • Palmeiras situadas em locais onde ainda não foi detetada a presença praga:

    • Realização de monitorização, através da instalação de armadilhas de agregação (recomenda-se a densidade de 1 armadilha por cada 3 ha, não devendo instalar as mesmas a menos de 50 metros de uma palmeira).
    • Observação visual das plantas para detetar eventuais sintomas suspeitos.
  • Palmeiras mortas ou que não seja viável a sua recuperação:

    • As plantas nestas condições deverão ser abatidas o mais rapidamente possível. Isto ajuda a evitar a disseminação da praga para outras zonas / plantas sãs. Antes do abate, recomenda-se a realização de tratamento fitossanitário para evitar a dispersão dos adultos. Deverá igualmente, nesta ação, eliminar-se o maior número possível de insetos (adultos, larvas e pupas).
    • O material vegetal poderá ser eliminado por queima (de acordo com a lei vigente), trituração no local ou encaminhamento para aterro sanitário, para posterior destruição.

Exemplo de sequência de tratamentos:

Meses Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3
 Março  Inseticida A dirigido à coroa  Insecticida A via injeção  Insecticida A dirigido à coroa
 Abril  Aplicação de nemátodos
 Maio  Aplicação de nemátodos  Insecticida B via injeção  Insecticida B dirigido à coroa
 Junho  Aplicação de nemátodos
 Julho  Inseticida A dirigido à coroa  Insecticida A via injeção  Insecticida A dirigido à coroa
 Agosto  Inseticida A dirigido à coroa
 Setembro  Aplicação de nemátodos  Insecticida B via injeção  Insecticida B dirigido à coroa
Outubro  Aplicação de nemátodos
 Novembro  Aplicação de nemátodos  Aplicação de nemátodos  Aplicação de nemátodos

(1) áreas com fraca incidência do Escaravelho da Palmeira

Produtos fitofarmacêuticos autorizados:

Aplicação direccionada à coroa das plantas – Produto comercial e substância activa Concentração Aplicação através de endotratamento – Cultura Produto comercial e substância ativa Concentração / Dose
abamectina / VERTIMEC 50-100 ml/hl Palmeira (Phoenix canariensis Chab.)
(endotratamento por injecção)
abamectina / VERTIMEC 018 EC 20-80 ml p.c./planta (0,36-1,44 g s.a./planta)
imidaclopride / CONFIDOR 75 ml/hl Palmeira ornamental imidaclopride / CONFIDOR 4-10 ml p.c./aplicação

Aceda aqui ao documento da DRAP Algarve.

Consulte o artigo sobre a “o Escaravelho da Palmeira” aqui.