Num país como Portugal, que atualmente não dispõe de recursos humanos suficientes na área da agricultura, as novas tecnologias com a interligação de equipamentos modernos como os drones, trazem muitos benefícios para a Agricultura.

A tecnologia está cada dia mais presente no sector agrícola. Exemplo disso é o uso de drones na agricultura. Também conhecidos por Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT), são aeronaves sem piloto cujo controlo pode ser remoto (em tempo real) ou autónomo por intermédio de uma aplicação em conjugação com o posicionamento GPS.

Os drones são um equipamento cada vez mais associado à agricultura de precisão, como medida de imersão desta mesma agricultura. Podem transportar sensores e sistemas de vídeo/fotografia, recolhendo dados (modo “tempo real” ou assíncrono) para integração em sistemas aplicacionais de Gestão Integrada (ex: Agrícola e/ou Operacional).

Embora, seja um conceito cada vez mais utilizado, para muitos, ainda significa grande complexidade de análise e custos elevados de implementação. Contudo, com o desenvolvimento tecnológico cada vez mais acessível, estas tecnologias começam a ser usadas de forma generalizada com ofertas de baixo custo largamente compensadas pelos benefícios diretos nos fatores de produção e produtividade.

As vantagens do uso de drones aplicados à agricultura, são por exemplo a análise de plantação; Acompanhamento de desenvolvimento de culturas; Pulverização; Seguimento e contagem de animais; Deteção de Incêndios e vigilância.

Para esta utilização, os drones são na generalidade propriedade de empresas especializadas que prestam serviço aos gestores agrícolas, processando os dados recolhidos para aplicação em diversas utilizações agrícolas, suportada por consultoria especializada. O resultado final é uma utilização mais eficiente dos recursos, com aumentos da produtividade das culturas.

Já existem software aplicados a esta tecnologia que podem, por exemplo, avaliar a qualidade da plantação, acompanhar o desenvolvimento da cultura, mapear a evolução das infestantes e deficiências de nutrição das plantas que possam surgir na cultura, estimar a produção, detetar e mapear algumas doenças e pragas, além de poderem estimar o stress hídrico.

Este sistema pode também localizar gado, verificar quais os melhores pastos disponíveis, medir a altura das plantas e criar mapas topográficos para ajudar no nivelamento dos terrenos e nos programas de drenagem. Um único voo dá imagens georreferenciadas num modelo digital, mostrando as elevações do terreno.

 

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Eng.º José Rui Gomes – IT Manager – Universidade do Minho, Jornal Terras do Demo, 31 de maio de 2018