Hoje, vou incidir o artigo sobre as Tendências da Agricultura Tecnológica, numa região onde se tem vindo a verificar já diversas evoluções na área tecnológica em diversas culturas, em todo o concelho de Moimenta da Beira.

Uma tendência carrega o estigma de algo que vem de dentro para fora do normal. A tendência é substituído pela “Próxima Grande Coisa” – isto é verdade em moda, tecnologia, negócios, ou em qualquer outra indústria. Vou descrever, a partir da minha experiência pessoal, o “rumo” que eu prevejo para os produtos da agricultura de tecnologia, se é que alguns deles já o atingiram. Os itens listados, são assuntos que já estão ou que irão ser utilizados pelos produtores, e que continuarão a evoluir, e que ajudarão os produtores na produção de um produto melhor.

A Nuvem

Do ponto de vista da tecnologia de consumo, a “Nuvem” e/ou cloud é, e tem sido a “palavra-chave”. Salvar as fotografias, a música, os documentos para a “Nuvem”, entre outros. A “Nuvem”, significa apenas a utilização de servidores hospedados na internet, em vez de utilizar um computador local, para armazenar dados. Na indústria agrícola, os produtores têm vindo a utilizar cada vez mais a “Nuvem”. Um bom exemplo disso; é a aplicação Phorland.pt”, Gestão Documental, Gestão de E-mails, Aplicações Mobile, Websites profissionais, Intranets, Marketing Digital que a GLanDrive desenvolve em diversos clientes na área da Agricultura, contribuindo para uma melhor Rentabilidade, Eficiência e Visibilidade. Os produtores que utilizam estas aplicações, controlam os seus sistemas remotamente, utilizando um aplicativo instalado numa “Nuvem”. Os utilizadores podem aceder às suas contas, a partir de qualquer dispositivo móvel, com ligação à internet, tendo acesso aos diversos sistemas. Desta forma, permite-lhes obter atualizações do estado dos sistemas de Gestão, Controlo, Faturação, e outros, bem como poderá a qualquer momento, alterar parâmetros. Esta não será uma tendência, mas sim um padrão para monitorização e controlo remoto dos sistemas, e isso só vai continuar a evoluir.

Aplicações móveis

Decorrentes de aplicações baseadas em “Nuvem” são disponibilizadas aplicações para telemóveis (app). De novo, os fabricantes têm vindo a fornecer aos produtores, opções de controlo à distância, desde há algum tempo. Os dispositivos móveis e aplicações móveis têm permitido aos produtores, “afastarem-se” das telas dos seus computadores, para controlarem remotamente as operações dos sistemas de rega. A monitorização e o controlo dos sistemas de rega, dá uma maior capacidade para os produtores se tornarem ainda mais eficientes. É possível poupar muito dinheiro em deslocações às produções agrícolas, para efetuar as alterações necessárias de controlo de rega, sendo que se há uma clara melhoraria da qualidade de vida, por ser possível o acesso em tempo real, às informações da máquina.

Relatório Personalizados

Não existem dois produtores exatamente iguais. Dependendo do tipo de cultura, da região, dos equipamentos, entre outros, as necessidades dos utilizadores são diferentes. Porque assim é, os dados ou as análises dos dados que cada produtor necessita variam. Isto leva a uma outra necessidade do produto, que são os relatórios personalizados. Na maioria das aplicações já oferecem relatórios pré-configurados, sendo que poderão ser alterados por cada utilizar, adaptáveis às necessidades especificas de cada utilizador, sendo que este recurso continua em grande desenvolvimento, para que relatórios que sejam adaptados às necessidades específicas.

Base de dados

Os dados produzidos, é um grande problema. Os produtores estão a produzir uma enorme quantidade de informação associada às suas operações agrícolas… A questão é: – Estarão os produtores a utilizar esta informação para alguma coisa? Nalguns casos sim, estão a utilizar a informação. Alguns produtores permitem que as empresas possam aceder aos seus dados, sendo que de seguida, essas empresas utilizam os dados produzidos e posteriormente entreguem produtos aos produtores, com base nesses dados. No entanto existem alguns produtores que não estão a utilizar eficientemente estes dados.

A indústria agrícola está a utilizar as tecnologias disponíveis para cada vez mais se produzir com melhores rendimentos, com menos recursos e esta é uma “tendência” que deverá continuar.

 

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Eng.º José Rui Gomes – IT Manager – Universidade do Minho, Jornal Terras do Demo, 20 de junho de 2018