Energia, um recurso indispensável para que possa existir vida no nosso planeta. É essencial para comunicarmos, para nos deslocarmos, para assegurar a iluminação e o conforto térmico nas nossas casas, entre outras aplicações.

Num país como Portugal, que não dispõe de recursos energéticos fósseis, o aproveitamento das fontes de energia renováveis pode ser uma mais-valia, uma vez que se prevê um aumento ainda maior a curto/médio prazo do consumo dos combustíveis fósseis, para além de que se colocam questões de ordem ambiental e o facto dos recursos energéticos fósseis serem esgotáveis.

Diz-se que uma fonte de energia é renovável quando esta é inesgotável, obtida pela Natureza que nos rodeia, como o sol, o vento, água e a energia proveniente da terra (geotérmica) ou seja, não é possível estabelecer um fim temporal para a sua utilização.

Daí, uma das principais vantagens resultantes da utilização de energias renováveis consta no facto de não serem poluentes e poderem ser exploradas localmente, o que contribui para reduzir a necessidade de importação de energia, ou seja, atenuar a dependência energética relativamente aos países produtores de petróleo e gás natural.

Para quem tem produções agrícolas ou se dedica a uma atividade ligada à agricultura, sabe que a redução dos custos energéticos é fundamental à competitividade do seu negócio.

Apesar de alguns fatores como, os custos de instalação, as redes de distribuição experimentadas, o desconhecimento e falta de sensibilização para o assunto, assistimos, hoje em dia, a um aumento no interesse por parte dos agricultores na utilização de energias renováveis para diminuir a fatura energética das respetivas explorações agrícolas.

Assim, o recurso a energias renováveis, tanto para a utilização direta na produção, como no tratamento de subprodutos agrícolas para a produção de energia elétrica, através da biomassa, por exemplo, tem sido uma das alternativas mais aconselhadas.

A produção própria de eletricidade a partir de sistemas fotovoltaicos, com o recurso a painéis solares, é uma alternativa cada vez mais usada pelos agricultores portugueses. Este recurso pode ser usado sobretudo na iluminação autónoma de cercas eletrificadas ou em sistemas autónomos de alimentação elétrica em locais que estejam muito afastados da rede, como armazéns de refrigeração de frutas, lagares de azeite ou celeiros, e em sistemas de monitorização e telegestão autónomos associados a sistemas de rega.

É sempre importante, como em qualquer atividade, ter em conta algumas atitudes e boas práticas no que diz respeito à otimização dos recursos em termos energéticos, antes da tomada de decisão sobre qual a fonte de energia a utilizar, tais como:

  • Importante medir consumos energéticos na produção por forma a ter noção dos gastos e puder escolher as melhores soluções alternativas; Uso de sistemas de monitorização de grandezas elétricas;
  • Uso de sensores de temperatura nos sistemas de aquecimento e ventilação; Verificação periódica dos equipamentos e da precisão dos sistemas de controlo;
  • Uso de motores elétricos eficientes e preferência a sistemas de iluminação com lâmpadas económicas.

Assim, plataformas de gestão integrada e centralizada de dispositivos com visualização dos valores instantâneos e acumulados das diversas grandezas energéticas por localização física ou lógica; Consultas detalhadas de histórico; Visualização imediata de informação gráfica detalhada dos valores fora do normal, permitem atuar no controlo, diagnóstico e resolução de desperdícios energéticos.

 

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Eng.º José Rui Gomes – IT Manager – Universidade do Minho, Jornal Terras do Demo, 05 de maio de 2017